Flamengo é o time que mais deve no mundo
29/05/2012 09:30
por:Chico Santto
Especial Clubes: Fla x ManUTD - rubro negro carioca é goleado pelos ingleses em organização, faturamento e marketing Por @chicosantto
Mesmo tendo um número de torcedores infinitamente menor, o Manchester United goleia o Flamengo , em quase todos os quesitos organizacionais
Não se assuste, torcedor do Flamengo, o rubronegro carioca não é o único clube brasileiro a estar afundado em um modelo obsoleto e ultrapassado de administração esportiva. Dos vinte principais times do Brasil, os chamados grandes do país, apenas São Paulo (R$ 7.192 milhões) e Corinthians (R$ 2.445 milhões) fecharam os balancetes de 2011 no azul.
O Grêmio Barueri, ainda sem nenhuma expressão no cenário nacional, também aparece como paradigma positivo (R$ 5.174 milhões) enquanto o Flamengo capaz de pagar a Ronaldinho Gaúcho a quantia de 15 milhões de reais em 2011, valor que representa o 46º maior salário do mundo - segundo levantamento do Futebol Finance -, segue sepultado em um déficit de R$ 127.670 milhões de reais acumulado em uma variação de 43% de 2007 a 2011. Um entre tantos motivos que contabilizam aos cofres do Flamengo, hoje, uma dívida total de R$ 355.452 milhões, índice 4% maior do que o obtido em 2010.
Por essa razão, perto do Manchester United, o rubronegro carioca deixa mesmo a impressão de estar em um túnel escuro de depressão econômica sem fim. Uma espécie de fossa interminável, se comparada ao brilho administrativo do time da cidade de Manchester, um condado de cerca de 400 mil habitantes, com importante papel dentro da Revolução Industrial e pioneiro, também, do ponto de vista histórico, ao inaugurar a primeira linha de trem para passageiros. Dono na marca mais valiosa do planeta. avaliada em 490 milhões de euros, o Manchester United orgulha-se de ter uma gestão eficiente, ao contrário do que se vê no Rio de Janeiro diante de um Cristo de braços abertos e mãos postas na miséria financeira de um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil.
Clubes com diferenças gritantes que vão desde os modelos operacionais adotados até mesmo as suas estruturas físicas constituídas na antítese da modernidade inglesa e o recalco da velharia carioca. Basta dizer que enquanto o Old Trafford, o Teatro dos Sonhos, como é conhecido o campo britânico de capacidade total de 76.212, possui um designer moderno e confortável, apesar dos 103 anos de uso, na Gávea, os 8.000 espectadores – sabe-se lá como – enfrentam problemas como a falta de assentos numerados e pontos cegos. Fator que leva o clube fluminense a mandar os seus jogos no Maracanã e Engenhão. Em relação ao centro de treinamentos do Flamengo, a diretoria rubronegra espera arrumar a casa de seu time profissional com Ninho do Urubu, orçado em R$ 8,5 milhões, excluindo urbanização e mobília. Problema solucionado pelo Manchester com o luxuoso Centro de Formação de Trafford, uma fortaleza com 14 campos.
Algo, simplesmente, estrondoso, que não se reflete dentro das quatro linhas, no que diz respeito a relevância dos êxitos obtidos pelos rivais Milan, Internazionale, Real e Barcelona. O que, a bem da verdade, não deixa de potencializar sua receita, conforme os dados em pesquisa do Futebol Finance, exibidas no lucro anual de mais de R$ 225 milhões aproximados. Montante superior em 32 vezes aos ganhos do São Paulo Futebol Clube, exemplo maior brasileiro, e que está R$ 135 milhões a frente do Flamengo.
O motivo da violenta agressão numérica entre Manchester United e Flamengo pode ser explicado de forma detalhada. Somente com o patrocínio de sua camisa, a equipe inglesa fatura aproximadamente R$ 70,5 milhões contra R$ 43,9 milhões do Flamengo. Somente em cotas de televisão, os britânicos recebem 84 milhões de euros, contra R$ 94,4 milhões do Flamengo, cujo valor das bilheterias caiu de 2010 para 2011 de R$ 17,3 milhões para R$ 14,5 milhões, ao passo que o clube social e o esporte amador obtiveram o lucro total de R$ 19,5 milhões.
Números que poderiam ser piores se o Flamengo não tivesse fechado com a TV Globo o excepcional acordo para o quadriênio 2012-2015. Segundo o BDO, “fica claro que os novos contratos televisivos ao longo dos anos foram responsáveis pela ampliação dos recursos da TV na receita total dos clubes. As receitas com a TV passaram de uma representatividade de 22% em 2007 para 36% em 2011”. Se comparado entre os anos de 2010 e 2011, pode-se afirmar, ainda, que o clube saltou de um déficit de R$ -12.410 milhões de 2010 para R$ -21.710 (variação de 43%) e uma redução nos gastos com o departamento de futebol de R$ 108.616 em 2010 para R$ 69.273.
Conclusão preocupante que deixa o rubronegro em uma situação de alerta tão ruim quanto o próprio futebol brasileiro, mas que poderia ser revertida com um pouco de disciplina: “Segundo análise da BDO os 20 clubes podem encerrar 2012 sem apresentar déficits do exercício caso houvesse um incremento de 10% na receita gerada e os custos com departamento de futebol fossem reduzidos em 6%. Assim, o indicador Custo Futebol poderia atingir 62% das receitas, cerca de 10 pontos percentuais a menos do que o registrado em 2011.”
O Grêmio Barueri, ainda sem nenhuma expressão no cenário nacional, também aparece como paradigma positivo (R$ 5.174 milhões) enquanto o Flamengo capaz de pagar a Ronaldinho Gaúcho a quantia de 15 milhões de reais em 2011, valor que representa o 46º maior salário do mundo - segundo levantamento do Futebol Finance -, segue sepultado em um déficit de R$ 127.670 milhões de reais acumulado em uma variação de 43% de 2007 a 2011. Um entre tantos motivos que contabilizam aos cofres do Flamengo, hoje, uma dívida total de R$ 355.452 milhões, índice 4% maior do que o obtido em 2010.
Por essa razão, perto do Manchester United, o rubronegro carioca deixa mesmo a impressão de estar em um túnel escuro de depressão econômica sem fim. Uma espécie de fossa interminável, se comparada ao brilho administrativo do time da cidade de Manchester, um condado de cerca de 400 mil habitantes, com importante papel dentro da Revolução Industrial e pioneiro, também, do ponto de vista histórico, ao inaugurar a primeira linha de trem para passageiros. Dono na marca mais valiosa do planeta. avaliada em 490 milhões de euros, o Manchester United orgulha-se de ter uma gestão eficiente, ao contrário do que se vê no Rio de Janeiro diante de um Cristo de braços abertos e mãos postas na miséria financeira de um dos mais tradicionais clubes de futebol do Brasil.
Clubes com diferenças gritantes que vão desde os modelos operacionais adotados até mesmo as suas estruturas físicas constituídas na antítese da modernidade inglesa e o recalco da velharia carioca. Basta dizer que enquanto o Old Trafford, o Teatro dos Sonhos, como é conhecido o campo britânico de capacidade total de 76.212, possui um designer moderno e confortável, apesar dos 103 anos de uso, na Gávea, os 8.000 espectadores – sabe-se lá como – enfrentam problemas como a falta de assentos numerados e pontos cegos. Fator que leva o clube fluminense a mandar os seus jogos no Maracanã e Engenhão. Em relação ao centro de treinamentos do Flamengo, a diretoria rubronegra espera arrumar a casa de seu time profissional com Ninho do Urubu, orçado em R$ 8,5 milhões, excluindo urbanização e mobília. Problema solucionado pelo Manchester com o luxuoso Centro de Formação de Trafford, uma fortaleza com 14 campos.
Algo, simplesmente, estrondoso, que não se reflete dentro das quatro linhas, no que diz respeito a relevância dos êxitos obtidos pelos rivais Milan, Internazionale, Real e Barcelona. O que, a bem da verdade, não deixa de potencializar sua receita, conforme os dados em pesquisa do Futebol Finance, exibidas no lucro anual de mais de R$ 225 milhões aproximados. Montante superior em 32 vezes aos ganhos do São Paulo Futebol Clube, exemplo maior brasileiro, e que está R$ 135 milhões a frente do Flamengo.
O motivo da violenta agressão numérica entre Manchester United e Flamengo pode ser explicado de forma detalhada. Somente com o patrocínio de sua camisa, a equipe inglesa fatura aproximadamente R$ 70,5 milhões contra R$ 43,9 milhões do Flamengo. Somente em cotas de televisão, os britânicos recebem 84 milhões de euros, contra R$ 94,4 milhões do Flamengo, cujo valor das bilheterias caiu de 2010 para 2011 de R$ 17,3 milhões para R$ 14,5 milhões, ao passo que o clube social e o esporte amador obtiveram o lucro total de R$ 19,5 milhões.
Números que poderiam ser piores se o Flamengo não tivesse fechado com a TV Globo o excepcional acordo para o quadriênio 2012-2015. Segundo o BDO, “fica claro que os novos contratos televisivos ao longo dos anos foram responsáveis pela ampliação dos recursos da TV na receita total dos clubes. As receitas com a TV passaram de uma representatividade de 22% em 2007 para 36% em 2011”. Se comparado entre os anos de 2010 e 2011, pode-se afirmar, ainda, que o clube saltou de um déficit de R$ -12.410 milhões de 2010 para R$ -21.710 (variação de 43%) e uma redução nos gastos com o departamento de futebol de R$ 108.616 em 2010 para R$ 69.273.
Conclusão preocupante que deixa o rubronegro em uma situação de alerta tão ruim quanto o próprio futebol brasileiro, mas que poderia ser revertida com um pouco de disciplina: “Segundo análise da BDO os 20 clubes podem encerrar 2012 sem apresentar déficits do exercício caso houvesse um incremento de 10% na receita gerada e os custos com departamento de futebol fossem reduzidos em 6%. Assim, o indicador Custo Futebol poderia atingir 62% das receitas, cerca de 10 pontos percentuais a menos do que o registrado em 2011.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário